Assisti ao filme chamado “O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON”, esse
filme me fez relembrar alguns momentos marcantes de minha vida.
Certa vez me disseram que a vida
é feita de oportunidades, neste filme também é citado isso, e algumas destas oportunidades
não se devem deixar passar de jeito nenhum, já há aquelas que o melhor a se fazer
é ignorar e fingir que nunca se as teve.
O filme começou a mexer comigo
quando já no início aparece a inauguração do relógio da estação que
propositalmente os ponteiros giram no sentido anti-horário, em um melancólico
apelo para reflexão de grandes erros e perdas irreparáveis causadas por
decisões egoístas e mesquinhas aliadas a atitudes insanas, motivadas por razões
em sua maioria torpes diante das desastrosas conseqüências, que sempre causam
perdas, dor e sofrimento.
Confesso que me emocionei quando
ao voltar para casa depois da guerra, Benjamin diz sentir os mesmos cheiros de
antes de sair de casa e que algumas coisas
não haviam mudado. Isso me fez lembrar o dia que ao votar para a casa de
meus pais por definitivo, depois de ter ficado um ano fora na Escola de
Aprendizes-Marinheiros, pude sentir e perceber coisas que nunca tinha dado importância
antes, como o cheiro gostoso e único daquela casa, os sons peculiares aquele
lugar, não apenas as imagens do lugar mas tudo o que formava o ambiente, o
barulho do grande portão de ferro de correr ao abrir, a aspereza do muro apenas
chapiscado, a temperatura gostosa da sala sempre aconchegante e arejada...
É em momentos de reflexão como
este, que sempre vem o nostálgico desejo de
voltar no tempo com a atual experiência de vida, como se não fôssemos mais
cometer erros se pudéssemos voltar. Será que realmente não tornaríamos errar? Ou
seriam outros os erros cometidos?
Se voltássemos no tempo
saberíamos dizer os nãos e sins nas horas e para as pessoas certas?
O certo é que o ontem não volta
mais! Temos o hoje para se arrepender e acertar. E ainda talvez o amanhã para
tentar novamente.